“Ó abre alas que eu quero passar
“Cidade maravilhosa
Cheia de encantos mil
Cidade maravilhosa
Coração do meu Brasil”
Na minha infância ficava eufórica com a possibilidade de participar do carnaval. Participei de alguns. Me lembro do gosto da roupa nova, dos enfeites, das músicas.
“Bandeira branca amor
Não posso mais
Pela saudade que me invade
Eu peço paz”
Mas hoje, confesso que não ter carnaval por aqui é um alívio. Eta sossego!
“Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão.”
Temos outras festas grandes: Aniversário da cidade, por exemplo, que é totalmente desprovida de eventos culturais.
“Sassassaricando
Todo mundo leva a vida no arame
Sassassaricando
A viúva o brotinho e a madame
O velho na porta da Colombo
É um assombro Sassaricando”
Temos uma cultura perdida... inversa ao crescimento social, atropelada pelas descobertas e necessidade dos meus contemporâneos.
“Ei, você aí!
Me dá um dinheiro aí!
Me dá um dinheiro aí!”
Todos buscam o consumismo, são adeptos do imediatismo. Mas poucos buscam o que é duradouro.
“Se a canoa não virar olê olê olá Eu chego lá”
“Ó jardineira porque estás tão triste Mas o que foi que te aconteceu”
“Mas que calor, ô ô ô ô ô ô”
5 comentários:
Ironia na medida certa.
E tem de ser assim mesmo. Não é porque umas coisas nos afetam que temos que afetar a alegria dos outros.
Eu gosto tanto de carnaval, mais para mim já não existe mais carnaval como antigamente. Ahhhh cadê os blocos de Rua? Ainda tem, mais quem é louco de sair neles? Volta sem relógio, sem carteira, sem sapatos e se duvidar muito volta pra casa pelado. Aqui no Rio não é mole não. Malandro que é malandro rouba até mulher do outro e isso dá uma confusão de fazer inveja a Zeus e Hera.
Quanto a tua crítica social. Bom... Enquanto uns estão na alegria, outros no sofrimento, acho que este é o triste contraste no Brasil. Acho que é isso também que torna esse povo tão forte.
Acho que a cultura do carnaval é a última das resistências no Brasil. Ainda que tenha origem africana, ela moldou-se ao nossos costumes e tornou-se o maior espetáculo festivo do planeta atraíndo os famosos tanto no carnaval do Rio quanto na Bahia, só para citar dois expoentes de respeito.
Direto do Rio.
Beijos.
Oi Paula...descobri seu blog pesquisando sobre a Tarsila do Amaral...
bjo e parabéns pelo seu espaço...
Leca
Lindo o seu espaço, Paula, aliás como tudo o que você faz, reflete seu brilho.
Fiquei pensando (...) nos festejos, nas tradições, nas alegorias, nos carnavais,por que não? Como você também não gosto do carnaval, suas reflexões tão precisas despertam o grande contraste que tal festa tráz: alegria? tristeza? possibilidades? cultura perdida? imediatismo? Hum ... Daí penso em mais um contraste: festa popular. Será? Talvéz em sua origem, quem sabe? Bjs...
Oi, Paula, é impossível ler o 'Bandeira Branca': só cantando!
Sobre Carnaval... acho que batemos: é um alívio quando acaba.
“Bandeira branca amor
Não posso mais
Pela saudade que me invade
Eu peço paz”
Lindo.
Como é bom ver estas marchinhas antigas e graciosas quando o Carnaval era outra coisa. Hoje, a 'coisa', é de um mau gosto!! E haja paciência.
Beijos
Tais Luso
Oi Paula!!
Eu decide na minha vida relatar tudo que sinto por meios da palavra. Não é que faço isso bem... Mas é uma das formas de arte que mim disperta um grande facíno. E acredito que a arte literária está em si mostrar e mostrar o mundo no entrelasar das palavras.
E eu te encontrei!! E quero lhe falar que foi um grande prazer... E espero lhe visitar mais vezes!! Grande abraço...
"Fale, mesmo que a platéia esteja oculpada de mais em lhe depositar tempo. Porque o que lhe deve interessar é o tempo que gasta em contar um pouco do seu mundo, nem que seja para muitos persebido. Para assim passar a si aproximar do mundo real e sentir-se mais viva!!"
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