7 de maio de 2009

Pensando bem...

Passamos a vida toda ouvindo que o conhecimento é nosso maior trunfo, nosso bem intransferível, o qual não podemos deixar em herança a nenhum parente ou amigo. É nosso! Não nos podem tirar! Mas qual o valor do conhecimento em uma nação que preza pela falta dele? Estou saturada de ver ao meu redor que mais vale um político amigo do que o saber. Estou saturada de valorizarem mais o meu voto do que a minha contribuição para a construção de um mundo melhor... Mas enfim, "cada cabeça um mundo"... e no meu mundo ... literatura portuguesa ... que no momento me dá certo suporte ideologico.

"Uma nação vive, próspera, é respeitada, não pelo seu corpo diplomático, não pelo seu aparato de secretarias, não pelas recepções oficiais, não pelos banquetes cerimoniosos de camarilhas: isto nada vale, nada constrói, nada sustenta; isto faz reduzir as comendas e assoalhar o pano das fardas – mais nada. Uma nação vale pelos seus sábios, pelas suas escolas, pelos seus gênios, pela sua literatura, pelos seus exploradores científicos, pelos seus artistas. Hoje, a superioridade é de quem mais pensa; antigamente era de quem mais podia: ensaiavam-se então os músculos como já se ensaiam as ideias." Eça de Queirós

Nem todo mundo sabe, mas a literatura sempre tem algo mais a oferecer... bem mais q uma simples história, que o lirismo poético...tem vida! ... tem sonho! ... tem amparo! ... tem magia! ... tem saber! ... tem um pouco de mim e um pouco de vc...

juntei mais um retalho à minha colcha......Eça, um realista de agora...de sempre!




2 comentários:

manuel afonso disse...

Paula recebo-a de braços abertos no meu blog cogitarlamego. Quanto ao post anterior, pressinto alguma mágoa na voz, ou melhor na escrita, salientada pelo desvalor da cultura e conhecimento relativamente aos políticos e as redes de amigos e interesses que os rodeiam. Tem toda a razão quanto ao materialismo, ao desejo de conquista do poder a qualquer preço e os lobies que giram à volta dele. Mas temos que manter a cabeça erguida e lutar sempre para que a democracia valorize a participação social consciente e conhecedora.

Fernando Vasconcelos disse...

A literatura, a música, todas as formas de arte conseguem fazer-nos transmitir o indizível, aproximam-nos do transcendente, aproximam as nossas almas.